domingo, 2 de novembro de 2008

Trabalho interdissiplinar

Este foi o texto que fiz durante uma aula de filosofia, como percebi que estava bom revolvi publica-lo como trabalho interdissiplinar para a disciplina de Lingua portuguesa


Aprendemos com a sociedade.

Preconceito. Comecemos explicando pela palavra: pre__ que vem antes, e conceito__ uma idéia do que algo ou alguém é.
O que observamos atualmente, principalmente no Brasil, são falas como “aqui não existe preconceito somos uma mistura de raças”. Neste caso a prática é o contrário da teoria. Temos sim preconceitos sujos e egoístas, dos mais variados possíveis: racial, regional, cultural, sexual, intelectual, entre muitíssimos outros.
Jamais poderia dizer que acabar com estes conceitos prévios que a sociedade tem é fácil, não é porque além de praticar e apoiar todos os tipos de preconceitos ela nos ensina com seus exemplos diários.
É preciso uma luta de corpo, alma, sangue e sobretudo de idéias. Sei bem que o preconceito racial, por exemplo, não se aprende na escola dentro de algum tema de mate rias como filosofia, mas a consciência que tenho desses preconceitos adquiri principalmente no meu dia-a-dia, com os exemplos que vi sendo praticados comigo e meus amigos. A discursão na escola também é importante, pois possibilita o maior contato com formas de combatê-lo e evita-lo.
O ato de olhar para uma pessoa, perceber sua classe social, reparar sua cor e julga-la como boa ou má é um grande exemplo de preconceito, este traz consigo a discriminação visto que se permitirmos um é conseqüência do outro. O aviso que fica é: se não quisermos sofrer preconceito e discriminação não consentiremos com atitudes que podem prejulgar qualquer pessoa.

sábado, 4 de outubro de 2008

Comensais , de Adão Ventura



A minha pele negra
Servida em fatias,
Em luxuosas mesas de jacarandá,
A senhores de punhos rendados
Há 500 anos.

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

MEU BAÚ SEM LIMITES




Ao pensar sobre a proposta de escrever um texto sobre meu passado relacionado com língua portuguesa refleti: ‘é, vou ter que revirar o meu baú de recordações’ algumas delas foram destruídas pela traças do tempo que as retiraram de minha memória, revirando este baú encontrei boas lembranças.

No início eu lia alguns livros, não por algum incentivo, mas eram ‘historinhas’ infantis interessantes, eu não pensava sobre como elas podiam influenciar minha forma de ver o mundo.Além dos livros literários eu lia os didáticos só por obrigação.

Lembro-me que em minha primeira escola não havia uma biblioteca (eu nem sabia o que era isso). Já na segunda havia uma que era usada por mim para fazer trabalhos escolares, lá eu lia alguns livros que foram de grande importância, a partir daí comecei a fazer algumas leituras, eu me interessava primeiramente pelas capas e quando gostava lia todo o livro. Na minha outra escola lembro-me de uma pequena biblioteca, quando ia fazer trabalhos eu lia alguns livros da literatura brasileira.

Lembro de todas as professoras, mas não de suas aulas de Língua portuguesa, talvez porque naquele tempo não eram importantes pra mim. Apenas duas fizeram a diferença, uma era apaixonada pela língua e eu tinha uma boa relação com ela, posso me lembrar até de bons textos lidos em sala, um que me encantou foi Meus oito anos, um poema de Casimiro de Abreu.

Uma das professoras que mais me recordo é a que tive aulas de Língua portuguesa na primeira vez que cursei o primeiro ano do Ensino Médio, neste ano eu tinha uma boa relação com Língua portuguesa, a turma fazia uma redação semanal, éramos avaliados e corrigidos. Uma das minhas maiores lembranças deste ano foi um grande trabalho que fiz sobre as escolas literárias, o tema do meu grupo foi o barroco, até hoje me agrada ler e ver imagens barrocas.

Do início do ano atual me lembro principalmente da ênfase dada á importância da Língua portuguesa pelo meu professor (pela primeira vez homem). A primeira proposta de leitura de um livro gerou uma grande polêmica na escola, pois era considerado forte demais para a faixa ataria dos alunos.

Como a maioria dos alunos eu resolvi que não leria aquele livro e esta era minha decisão final, mas como dizia Einstein: “tudo é muito relativo”, com o tempo e com a grandíssima insistência do professor resolvi que seria melhor lê-lo, o livro era Manual prático do ódio de Ferrez, quando comecei a ler não queria mais parar, fiquei encantada com o livro.

Durante esta grande revirada em meu baú de lembranças de passado encontrei algumas coisas perdidas que, como aqueles velhos brinquedos de infância, fazem parte de minha história. Vi que minha vida com a Língua portuguesa não foi tão ruim assim apesar da precariedade dos primeiros anos. Agora eu continuarei enchendo este baú sem limites, enchendo - o com mais livros e outras leitura, é claro.





MANHÃS DE SETEMBRO

Fui eu que se fechou no muro e se guardou lá fora

Fui eu que num esforço se guardou na indiferença.

Fui eu que em numa tarde se fez tarde de tristezas.

Fui eu que consegui ficar e ir embora.

E fui esquecida.

Fui eu.

Fui eu que em noite fria se sentia bem.

E na solidão sem ter ninguém fui eu.

Fui eu que em primavera só não viu as flores.

E o sol.

Nas manhãs de setembro.

Eu quero sair.

Eu quero falar.

Eu quero ensinar o vizinho a cantar.

Eu quero saireu quero falar.

Eu quero ensinar o vizinho a cantar.

Nas manhãs de setembro(bis2).

Nas manhãs...

quinta-feira, 24 de julho de 2008

A Terra tenta expulsar-nos


A Terra tenta expulsar-nos



Peixes morrendo, geleiras se desfazendo, catástrofes naturais e outros acontecimentos bem piores. Todos estes eventos que observamos acontecendo são conseqüências de nossos atos, já ouvimos falar que a Terra está sofrendo uma mudança natural, como sempre acontece, mas é claro que nós, da humanidade, temos uma grande parcela de culpa, pois agravamos estes fenômenos
.
A poluição é a pior das ações do ser humano com relação ao meio ambiente, produzimos resíduos que se degradam em milhares de anos, tóxicos, totalmente destruidores. A tentativa da Terra é nos expulsar de sua face, é nos retirar de si, afinal estamos nos mostrando péssimos inquilinos.
Buscar soluções. É algo óbvio, nem por isso todos tentam faze-lo. O sentimento de que as conseqüências de pequenas ações, boas ou más, não são grandes o suficiente para ter real significado, é um dos obstáculos para acabar com a inércia das pessoas.
Conscientizar é o primeiro passo para reverter a situação. Este é o objetivo de palestras e eventos que visam a melhoria no meio ambiente. Um dos últimos que assisti foi no CEFET-BA (Centro Federal de Educação Tecnológica da Bahia) neste evento esclarecedor vi palestras, vídeos e discuções, houve também um grande esforço dos participantes em apresentar suas idéias de forma argumentada na tentativa de promover mobilização da parte dos que assistiam.
Ficou claro para nós que a tecnologia e os ditos progressos da humanidade trouxeram mordomias e menores esforços físicos para as pessoas, o conforto também é muito valorizado, mas os prejuízos vieram junto com as mudanças, o meio ambiente sofreu muito com o lixo resultante da grande produção de eletrônicos e outras espécies de poluentes.
Consumo e produção não são totalmente errados, o erro está na forma de fazê-los, os materiais utilizados e com o destino de todo o lixo. Evitar gastos desnecessários, sujar o menos possível são pequenas ações que todos nós como pessoa deve tomar. Com relação as grandes empresas é importantíssimo construir projetos que visam a economia de energia e a produção de menos lixo. Falta-nos apenas força de vontade, afinal quando queremos conseguimos se não por completo ao menos em parte, resolver nossos problemas, as soluções já foram muito bem apresentadas á nós.

sábado, 21 de junho de 2008

“Ser o que é?”


Ser uma pessoa nessa sociedade cheia de problemas não é a coisa mais fácil. Buscar os próprios direitos, cumprir os deveres e amar os outros de forma a respeitá-los é bem difícil. Todos os dias a mídia nos “bombardeia” com notícias ruis, evidências que precisamos melhorar. Ser é respeitar.

Se todos fossem o que devem ser, a nossa sociedade não estaria nesse caos. Ser um professor, por exemplo, é saber educar e ajudar os alunos para a vida, não só para o vestibular, ser artista é colocar a alma nos objetos expressando os sentimentos e emoções, ser líder é ter caráter e responsabilidade nas tarefas que lhe são confiadas.

Cada um tem o seu papel na vida, exercê-lo com perspicácia ou não é responsabilidade de cada pessoa. Não devemos esperar que a contribuição par a um ambiente melhor venha dos outros e sim, fazer a nossa parte, cada um com seu papel onde vive.

Respeitar. Este é um fator fundamental na busca pela melhora das coisas, quando você respeita o direito dos outros se espera que seja também respeitado. Quando há esta interação de contribuição entre os indivíduos os problemas são resolvidos, os objetivos são alcançados e respeito é adquirido.

Progredir no sentido de respeitar, amar e a exercer os deveres deve ser um de nossos grandes objetivos, buscando isto estaremos dando nossa contribuição para uma sociedade diferente desta em que vivemos e com certeza melhor. Fazer acontecer o que desejamos para o futuro e p presente é importantíssimo.

sexta-feira, 20 de junho de 2008

Real face da discriminação

Mote

“As feridas da discriminação racial se exibem ao mais superficial olhar sobre a realidade”(Abdias do Nascimento)
Glosa

Discriminação!
Discriminação!
Discriminação!

Maquiada ao primeiro olhar
Mascarada, mas não deixa de existir.
E está sempre a nos engodar e enganar,
Mas não engordar

Passem o pano, retirem as máscaras.
Está tudo aí
Nas nossas caras!

Negro não tem direito
Negro só tem direito a preconceitos

Por que não divulgam a sua cultura?
Está presente em todo lugar
Mas ainda escondida

Vamos seguindo
Temos que reivindicar!
A liberdade do racismo


__ Bom dia vô Arlindo! Como passou a semana?
__Bem minha netinha. Como está sua mãe?
__Está bem.

Depois de um tempo disse a ele que aquele dia era dedicado à memória do povo negro. Ele ficou feliz ao saber que eu entendia o significado de um dia tão especial.

__Sabe vô, em nossos dias não há respeito pelos negros, às pessoas com pele diferente, não são valorizadas por sua cultura.

__Meu pai me contou várias histórias do tempo de escravidão, ele dizia que os negros eram agredidos tanto fisicamente quanto moralmente, mas que mesmo assim eles não deixaram de lutar pela sua real liberdade.

Meu avô sempre me contava uma história quando eu o visitava, hoje era o dia de eu lhe contar uma história.

__Meu avô, às vezes eu penso sobre algo que aconteceu comigo. Lembra daquela loja na avenida principal, aquela enorme?
__ Sei, que está sempre cheia de pessoas bem arrumadas?


__Sim. Certo dia fui até lá, apenas para passar o tempo, fui ver as vitrines. Eu estava parada olhando as roupas, daí percebi que as pessoas murmuravam e olhavam para mim, como se eu fosse assaltar a loja a qualquer instante ou seqüestrar alguém. Já se sentiu assim?

__Com certeza, e não foram poucas vezes.
__Eu resolvi que não sairia dali até que me viesse a vontade, apesar de sofrer com os olhares das madames, ao contrário de muitas pessoas, eu gosto de incomodar os outros nestas situações, afinal nós somos a maioria, e também porque gosto de impor respeito para comigo .

Neste momento meu avô viu que suas histórias sobre as situações de discriminação racial haviam me dado uma concepção sobre nossa cor. Nessa parte meu avô, grande leitor de Abdias do Nascimento me disse simplesmente:
“As feridas da discriminação racial se exibem ao mais superficial olhar sobre a realidade”.
Chegou o dia 13 de maio. Resolvi que iria até a chácara do meu avô para visitá-lo, pois naquela manhã estava pensando na história do nosso povo.